sexta-feira, 6 de junho de 2008

O RAPAZ QUE NÃO GOSTAVA DE REGRAS

Era uma vez um Rapaz. Era ainda pequeno, e não havia naquela escola rapaz mais avesso às regras. Nas mais das vezes, não lhes ligava. Os professores, vá lá saber-se porquê, não apreciavam particularmente o estilo. O Rapaz divertia-se. Um dia, um dos professores contou o Rapaz ao Professor Velho, o que está na biblioteca e fala com os livros. O Professor Velho pediu para o Rapaz ir falar com ele. Quando chegou, o Professor Velho, dizendo que uma biblioteca serve para estudar e para brincar, convidou-o para brincar, o que deixou o Rapaz mais descansado. Mostrou-lhe quatro jogos, para ele escolher o que mais gostava e melhor sabia jogar. Preparavam-se para começar a jogar, “Rapaz, sabes mesmo como se joga este jogo?”, “Claro que sei e bem, posso começar?”, “Podes, mas vamos jogar de outra maneira, mexemos no jogo como queremos, não é preciso esperar pela vez e fazemos no jogo o que nos passa pela cabeça”, “Ó Velho, mas assim não se pode jogar!”.
“Pois não Rapaz. Todos os jogos que a gente joga têm regras. De umas gostamos, de outras, dá ideia que o jogo até ficaria mais giro sem elas, de outras ainda, não gostamos, mas não há maneira de jogar sem regras. Agora, vai para a sala e vê lá como é que jogas”.
“Tenho que saber as regras”.

3 comentários:

Elfrida Matela disse...

A aceitação das regras tem a ver com a justeza que lhes reconhecemos. É difícil aceitar pacificamente regras que consideramos injustas ou com as quais não concordamos de todo. Infelizmente ou felizmente, a sociedade necessita de regras que têm de ser cumpridas. Dura lex, sed lex...

Anónimo disse...

Gosto do seu Professor Velho, o que está na biblioteca e fala com os livros!

Parece realmenta saído dos livros santos sobre eremitas no deserto para maditarem sobre transcendência e enfrentarem os demónios, próprios ou alheios.

Por favor não o faça desaparecer!


Saudações

Clara de Menezes Lourenço Correia disse...

Mais uma lição de vida! Bem haja! Vou tomar a liberdade de levar esta história para a minha escola e pendurar no placar da sala de professorese na biblioteca, se me permitir!
OBRIGADA
Um abraço
Clara Correia