segunda-feira, 12 de novembro de 2007

UM BOM NEGÓCIO, EMPRESAS DE CORRECÇÃO

No JN de hoje apareceu uma referência a uma área de negócio que me pareceu francamente interessante. Constituiu-se, ao que parece com sucesso, uma empresa de prestação de serviços visando a utilização correcta da Língua Portuguesa. Genial. Com a capacidade empreendedora dos portugueses estou a imaginar a rápida definição de um “cluster” da correcção. Existem excelentes perspectivas e numa breve reflexão sobre mercados potenciais ocorreram-me algumas hipóteses para “empresas na hora”.
Utilização correcta do Código de Estrada e do automóvel, tentando, por exemplo, evitar a circulação superior a 180 Km/h e o atropelamento de peões nas respectivas passadeiras;
Uso correcto das “beatas” e lixo menor, promovendo a adequada utilização dos respectivos recipientes e sacos, em vez de uma desordenada decoração dos espaços públicos;
Uso correcto da produção salivar, muita da qual se estatela nos passeios ou sai pelas janelas dos automóveis num enorme desperdício de biomassa;
Utilização correcta da canina capacidade de fazer merda, uma vez que os passeios e sapatos não precisam de adubo;
Utilização correcta dos já referidos passeios, pois são demasiado estreitos para acomodar carros e peões o que acaba por deixar alguns, poucos, condutores com problemas de consciência;
Utilização correcta do dedo do meio, evitando que muitas pessoas o usem como único recurso argumentativo;
Utilização correcta dos velhos, capitalizando saberes e experiência;
Utilização correcta dos putos, ajudando-os a crescer e a ser gente e não mais do que isso.

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