domingo, 25 de novembro de 2007

NOTAS DE FIM-DE-SEMANA, O ENCANTO E O DESENCANTO

Algumas notas de um fim-de-semana que começou no meu Alentejo, passou por Lisboa e está a acabar junto de uma lareira algures no deserto, a Margem Sul, exactamente onde começa o além Tejo.
Ontem tive o privilégio do encanto. Encantei-me com uma conversa falada pelo Professor Manuel Patrício em torno da “sua” escola cultural e que eu chamo de ESCOLA porque, se não acolher e promover as culturas, não é … escola. Ouvir o Professor Manuel Patrício faz-me sentir melhor com o mundo, perceber que, às vezes, a existência é, só por si, a mestria. Na mesma circunstância apareceu um apaixonado lúcido, o Mário Augusto, jornalista especializado em cinema, que partilhou com o grupo algumas ideias a propósito da presença do tema “educação” na produção fílmica. Como todos os apaixonados lúcidos, fala da sua paixão com o secreto desejo de que a gente também se apaixone. E a gente apaixona-se. Tudo junto, um encantamento.
Nota menos positiva, de desencanto. A solidão é a segunda maior preocupação dos velhos depois dos problemas económicos. Se minimizar os problemas materiais pode transcender a capacidade individual de cada um de nós, a forma como (des)tratamos e isolamos os velhos é uma questão de cultura e aí, somos todos responsáveis.

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