Como já vos tenho referido, o meu Alentejo ocupa sempre o fim-de-semana. É uma necessidade. Desta vez já com um calor magano e bravo que amolece e faz ansiar pelas branduras da noite que são anunciadas por um pôr-do-sol que só lá.
Esta alentejana estadia impede, por vezes, um comentário em tempo útil. Mas apesar do atraso quero ainda referir-me a duas situações daquelas que nos fazem sentir embaciada a condição de cidadão desta terra.
Primeira. É sabido que a Região Autónoma da Madeira decidiu não fazer aplicar a lei da Interrupção Voluntária da Gravidez e que não apoia a deslocação de mulheres ao Continente para a sua realização. Trata-se de uma lei da República mas, parece, não aplicável a toda a República. Até aqui nada de novo relativamente ao que os responsáveis políticos da Madeira nos têm, infelizmente, habituado com a cumplicidade de variadíssimas figuras do regime. O que acho verdadeiramente notável é ter ouvido na Antena 1 o Secretário Regional, Francisco Jardim Ramos, afirmar que a lei não se pode aplicar porque o “Não” ganhou na Madeira e deve ser respeitada a vontade do eleitorado. Para rir se não fosse trágico e insultuoso. Vergonha.
Segunda. Na sequência do que regularmente tem vindo a acontecer, os jovens da selecção portuguesa de sub-20 em futebol deram um deplorável espectáculo de mau perder e indisciplina no mundial da modalidade, no Canadá. Como é habitual nada acontecerá face a estes “excessos de juventude” como os responsáveis normalmente entendem. Vergonha.
Vocês não acham que estas duas situações são, lamentavelmente, faces da mesma realidade? Como acabei de chegar do Alentejo desculpem o desabafo. Que porra de país!
Esta alentejana estadia impede, por vezes, um comentário em tempo útil. Mas apesar do atraso quero ainda referir-me a duas situações daquelas que nos fazem sentir embaciada a condição de cidadão desta terra.
Primeira. É sabido que a Região Autónoma da Madeira decidiu não fazer aplicar a lei da Interrupção Voluntária da Gravidez e que não apoia a deslocação de mulheres ao Continente para a sua realização. Trata-se de uma lei da República mas, parece, não aplicável a toda a República. Até aqui nada de novo relativamente ao que os responsáveis políticos da Madeira nos têm, infelizmente, habituado com a cumplicidade de variadíssimas figuras do regime. O que acho verdadeiramente notável é ter ouvido na Antena 1 o Secretário Regional, Francisco Jardim Ramos, afirmar que a lei não se pode aplicar porque o “Não” ganhou na Madeira e deve ser respeitada a vontade do eleitorado. Para rir se não fosse trágico e insultuoso. Vergonha.
Segunda. Na sequência do que regularmente tem vindo a acontecer, os jovens da selecção portuguesa de sub-20 em futebol deram um deplorável espectáculo de mau perder e indisciplina no mundial da modalidade, no Canadá. Como é habitual nada acontecerá face a estes “excessos de juventude” como os responsáveis normalmente entendem. Vergonha.
Vocês não acham que estas duas situações são, lamentavelmente, faces da mesma realidade? Como acabei de chegar do Alentejo desculpem o desabafo. Que porra de país!
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