segunda-feira, 23 de julho de 2007

O PLANO TECNOLÓGICO PARA A EDUCAÇÃO

O Governo, com a pompa, circunstância e encenação a que já nos habituámos, apresentou hoje o Plano Tecnológico para a Educação. Comoveu-me assistir ao deslumbramento do Senhor Primeiro-Ministro brincando com um quadro interactivo. Foi anunciado um conjunto de medidas e iniciativas meritórias no sentido de promover a acessibilidade e disponibilização de recursos na imprescindível área das Tecnologias de Informação e Comunicação. Duas pequenas notas de prudência. A primeira, no sentido de relembrar que a simples injecção de recursos e meios no sistema, não é suficiente para garantir a melhoria substantiva da sua qualidade. Basta compararmos os indicadores, acessíveis ao público, referentes aos recursos afectados ao Sistema Educativo nos últimos 15 anos e os resultados dos alunos no mesmo espaço de tempo. O problema central é de melhor, não é de mais embora, sublinho, sejam bem-vindos mais recursos na área das TIC.

Segunda nota, a presença dos computadores e outros dispositivos nas salas de aula sendo importantes, só por si não implicam mudança e melhoria. Todos conhecemos escolas em que os equipamentos já existentes estão muito longe de serem utilizados de forma consistente no sentido da melhoria do trabalho de professores e alunos. Como eu costumo dizer, é preciso que o computador não seja apenas “um lápis mais sofisticado” que se usa hoje para fazer a ficha 26 porque ontem se realizou a ficha 25.

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