terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

OS DEFUNTOS EM REDE

Num mundo que sempre foi composto de mudança tomando novas qualidades dificilmente poderemos ser surpreendidos. No entanto, devo confessar que me espantou um pouco a oferta de acompanhamento dos mortos e dos cemitérios em realidade virtual.
Na verdade, se não fosse o pequeno problema da luta diária pela sobrevivência que nos torna hiper-realistas tudo o que nos rodeia, poderia ser uma espécie de realidade virtual, um jogo que poderíamos “mandar abaixo” e jogar de novo.
Os promotores e autarquias aderentes a esta ferramenta e suporte parecem ver vantagens nesta ligação virtual com a morte e com os cemitérios, uns por umas razões, naturalmente, e outros por razões diferentes que nem se me afiguram claras, limitação minha, obviamente.
Confesso que sou, sinais dos tempos, um utilizador diário e em diferentes aspectos das novas tecnologias e das suas utilíssimas capacidades e inúmeras potencialidades. No entanto, conversa de velho, confunde-me um bocado este ideia dos defuntos em rede, dos cemitérios à distância de um clique.

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