quinta-feira, 19 de março de 2009

MAIS DO MESMO

Não fosse a tragédia em que a vida de muitos portugueses se tem vindo a transformar, designadamente dos milhares afectados pelo desemprego, e as incidências da política do Portugal dos Pequeninos até poderia dar vontade de rir.
Ouvir, ler, a Dra. Ferreira Leite dizer com ar sério, aliás não tem outro, que vai ser Primeira-ministra de Portugal, só pode ser, como ela própria tem considerado noutras ocasiões, uma “ironia”. Sabemos todos que a degradação da cena política portuguesa responsabiliza sobretudo PS e PSD enquanto ocupantes do poder nas últimas décadas. Sobre esta responsabilidade veja-se o episódio triste da substituição em atraso há muitos meses do Provedor de Justiça. Este atraso decorre da falta de entendimento entre os suspeitos do costume, PS e PSD.
Neste contexto, talvez fosse interessante começarmos a lutar e a defender a participação cívica nas lutas eleitorais fora do enquadramento partidário. Talvez este movimento tivesse um efeito regenerador do ambiente político, pois a generalidade das práticas partidárias são parte do problema e não parte da solução. Por isso, imaginar Ferreira Leite como Primeira-ministra com a sua corte atrás, é tão animador como a continuidade de Sócrates mais o Canas e o Santos Silva

1 comentário:

Anónimo disse...

Não podia estar mais de acordo com o teor do último parágrafo, sobretudo pelo entusiasmo que este tandem fatídico me suscita.
Peço-lhe desculpa pelo meu conformismo ignorante (ignorância conformista?) e pergunto: de que modo(s) se despoleta esta participação cívica? Quero (muito) participar, fazer algo, mas como, onde, com quem?
Obrigado.