Merece leitura o texto de Paulo Prudêncio no Público, “Eleições sem educação”. Na verdade, é curioso e significativo que, estando a educação e as suas problemáticas quase sempre na agenda de inquietações, as políticas públicas de educação parecem ausentes da actual campanha eleitoral.
As (poucas) referência surgem em
torno de questões que, sendo importantes, são mais de natureza conjuntural e
não sustentam perspectivas e caminhos para as políticas públicas de educação.
Entendo a necessidade de medidas
de natureza conjuntural, por exemplo no caso específico da falta de
professores, mas muito mais importantes e necessárias são medidas que tenham
impacto em questões estruturais.
É certo que é mais fácil e mais
conforme com os ciclos políticas mexer na conjuntura, anunciar mais uns planos,
mais uns projectos, mais umas acções de capacitação, mas é mais potente e
eficaz analisar e ajustar medidas estruturais.
É claro que mudanças estruturais
têm custos pelo que será de considerar, desde logo, a necessidade de
investimento sério em educação, 6% do Produto Interno Bruto o que está definido
pela UNESCO como meta para 2030.
Lamentavelmente, ainda não será
desta que pensamos seriamente no futuro.
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