quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

O CADERNO DE ENCARGOS

 

Na passagem de olhos pela imprensa nacional de hoje, três referências.

No DN, a directora da Comunidade Viva e Paz estima que a população sem-abrigo na área metropolitana de Lisboa aumentou 25%. Este aumento é ainda mais preocupante dado que o perfil das pessoas sem-abrigo também se alterou, encontrando-se agora muitas pessoas com emprego, mas sem capacidade económica para pagar uma casa para habitar.

O Expresso aborda a recente publicação da UNICEF, “Relatório dos Inocentes 18: pobreza infantil nos países ricos”. Apesar da evolução positiva, em 2021 Portugal tem uma taxa de pobreza infantil de 18%.

No Público, considerando o recém divulgado PISA 2023, refere-se que o estatuto socioeconómico dos alunos continua, sem surpresa, a constituir-se como um factor com peso determinante dos alunos portugueses, mas não só.  Em Matemática, a origem familiar foi responsável por 18,5% da variação dos resultados dos alunos.

Estes indicadores sustentam o pesado caderno de encargos que temos pela frente.

Estamos já em clima de pré-campanha eleitoral, é importante que se perceba com clareza o que esperar de quem se propõe ser responsável pelas políticas públicas nos próximos anos.

No entanto, lamentavelmente, tenho algum cepticismo relativamente ao que ficaremos a saber para além dos discursos “esperados” e vazios.

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