quarta-feira, 5 de junho de 2013

O ACESSÓRIO E O ESSENCIAL

"Mais actividades consideradas "lectivas" para reduzir número de “horários zero”", na imprensa, referindo-se ao despacho normativo do MEC relativo à organização do ano lectivo 2013/2014 no qual se prevê o aumento do tipo de actividades  desenvolvidas pelos professores que serão contabilizadas como “componente lectiva” uma medida, defende o MEC, destinada a reduzir a passagem à mobilidade especial de professores de carreira.
Como é evidente e assim já deveria estar definido de há muito, existem um conjunto de actividades que claramente fazem parte da componente lectiva do trabalho dos professores.
A questão é que a medida agora anunciada aterra num processo "ajustamento" que parece ter como desígnio central retirar professores do sistema e é apenas um paliativo de pouco impacto face às resistências dos professores, um rebuçado que não mexe no essencial.
Para além da justeza da integração de algumas das actividades descritas na componente lectiva, bem mais importante seria redefinir a dimensão das turmas, reestruturar o trabalho dos directores de turma, repensar as alterações curriculares que dispensaram professores, só a título de exemplo.
Mas aqui o MEC não intervém, como é evidente.
Vai-se cumprindo a agenda do Ministro Nuno Crato.


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