sexta-feira, 7 de março de 2008

BEM HAJA SENHORES DA PSP

Desde ontem a comunicação social não deixa de referir reacções à alegada visita de agentes da PSP a escolas de Ourém e a orientações recebidas no sentido de se saber o provável número de professores que participarão na manifestação de amanhã e a forma como se deslocarão. A generalidade das referências é de natureza negativa criticando fortemente a iniciativa. Não percebo porquê. Uma polícia que cumpre a sua missão cívica de forma eficaz deve preocupar-se com a segurança do cidadão. É pois perfeitamente natural que se queira saber quantas pessoas se deslocam e como o fazem. Acho até que deveriam saber quem são as pessoas que vêm à manifestação. Saber se precisam de serviços de babysitter para as crianças quando ambos os progenitores se manifestam, se haverá estacionamento para todos, se não se verificam congestionamentos de trânsito que comprometam a pontualidade dos participantes, se acautelaram a deslocação realizando um seguro de viagem, quais são as palavras de ordem a utilizar para aferir da sua qualidade linguística bem como avaliar a qualidade gráfica de cartazes, tarjas ou bandeiras, etc, etc.
Se bem repararem quando se realizam as grandes peregrinações a Fátima, e porque obviamente mobilizam mais pessoas, a PSP percorre sempre todas as paróquias do país no sentido de obter o mesmo tipo de informações sobre os peregrinos. Provavelmente não damos por isso porque as pessoas da fé são mais discretas e não referem na imprensa os enternecedores cuidados da PSP ou de quem a tutela.
Finalmente, é também é verdade que os professores são gente que, de tanto lidar com os alunos, podem não se portar bem e é preciso que a autoridade esteja atenta. Por isto tudo, bem haja PSP.

1 comentário:

Anónimo disse...

A sua crítica,pouco subtil (como convém) jocosa, mordaz e venenosa (no bom sentido) está tão bem feita e eu gosto tanto, que eu gostaria de ter sido o autor.

Não tem nada a haver com o assunto (ou tem?) mas apetece-me dissertar sobre algo que pertence ao passado.

Existiu um CHEFE que paulatinamente foi regulando, um a um, todos os sectores da vida dos Portugueses; O trabalho, a religião, os tempos livres, os livros que se podia ler, as distrações que o povo podia ter, as opiniões que podia exprimir e as MANIFESTAÇÕES PÚBLICAS DO POVO.

As únicas preocupações que os Portugueses deviam ter era trabalhar e obedecer ás leis do Estado. Se o fizessem viveriam felizes e tranquilos para sempre.

O dito CHEFE chamava a isto - O VIVER HABITUALMENTE.

PASSADO... PRESENTE... O FUTURO POR VEZES É UM POUCO DESTES DOIS TEMPOS.

Peço desculpa pelo despropósito desta minha conversa mas TENHO QUE APRENDER A NÃO TER MEDO!

Saudações