Era uma vez um Homem que estava sentado num banco de jardim. Já não era novo e parecia com um ar triste e abatido. Era o único banco à sombra e nele se sentou uma Pessoa que se foi inquietando com a tristeza suspirada pelo Homem. Já preocupado interpelou-o com um neutro “Que tal vai a vida?”. O Homem, como se apenas esperasse por um pretexto, falou, do fundo, “Perdi-a, tantas vezes que esteve quase, agora perdi-a. Tanto que me ajudou, sempre comigo, no bonito e no feio, no leve e no pesado, na tristeza e na alegria e agora perdi-a. Veio comigo desde sempre, sempre ao meu lado, sempre um amparo que não falhava. Quando as coisas pareciam mal, lá vinha ela e o mundo já me parecia melhor. Uma vez, que ela quase se foi, foi um desespero. Mas ela voltou. Tínhamos as nossas zangas, mas sabe como é, quando somos mesmo amigos as zangas também passam. E agora, perdi-a definitivamente. Não sei como vou viver sem ela”.
A Pessoa já solidária, “E como se chamava a sua companheira perdida?”.
Paciência, disse o Homem.
A Pessoa já solidária, “E como se chamava a sua companheira perdida?”.
Paciência, disse o Homem.
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