Provavelmente pelo facto de já não ter vinte anos há mais de trinta, estou a ficar progressivamente atento à situação da chamada terceira idade, ou, termo mais recente, dos seniores.
No Expresso de hoje, num trabalho sobre demografia urbana centrado no fenómeno da desertificação humana que afecta a maioria das capitais de distrito, referia-se que a cidade de Lisboa, entre 1991 e 2005 perdeu 21% da sua população, que passou a ser cerca 520000 pessoas. Acresce a esta situação o envelhecimento da população que permanece, isto é, um em cada quatro lisboetas tem mais de 65 anos. Finalmente, muitos destes idosos vivem sós, em casas degradadas e com fortíssimos problemas de mobilidade.
Com o previsível e desejável aumento da esperança de vida e com o abaixamento nas taxas de natalidade o quadro demográfico não deverá ter alterações significativas nos próximos anos. Resta-nos assumir o desafio de proporcionar alguma qualidade de vida aos mais velhos. Estamos mais uma vez no incómodo terreno das políticas sociais. E os tempos não vão bons para preocupações sociais. O discurso neo e ultra-liberal em matéria de economia desencadeando uma enorme pressão sobre as decisões políticas não é muito animador.
Que tal começarmos a promover discretamente a constituição de um lobby pelos seniores, ou seja, pelo futuro? Pelo nosso futuro.
No Expresso de hoje, num trabalho sobre demografia urbana centrado no fenómeno da desertificação humana que afecta a maioria das capitais de distrito, referia-se que a cidade de Lisboa, entre 1991 e 2005 perdeu 21% da sua população, que passou a ser cerca 520000 pessoas. Acresce a esta situação o envelhecimento da população que permanece, isto é, um em cada quatro lisboetas tem mais de 65 anos. Finalmente, muitos destes idosos vivem sós, em casas degradadas e com fortíssimos problemas de mobilidade.
Com o previsível e desejável aumento da esperança de vida e com o abaixamento nas taxas de natalidade o quadro demográfico não deverá ter alterações significativas nos próximos anos. Resta-nos assumir o desafio de proporcionar alguma qualidade de vida aos mais velhos. Estamos mais uma vez no incómodo terreno das políticas sociais. E os tempos não vão bons para preocupações sociais. O discurso neo e ultra-liberal em matéria de economia desencadeando uma enorme pressão sobre as decisões políticas não é muito animador.
Que tal começarmos a promover discretamente a constituição de um lobby pelos seniores, ou seja, pelo futuro? Pelo nosso futuro.
(Foto de Ricardo Duarte S.)
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