Num dos jornais televisivos de ontem e a propósito do pouco edificante afastamento, ou “auto-exclusão”, da Associação de Professores de Matemática da Comissão de Acompanhamento do Plano da Matemática voltámos, como não podia deixar de ser, a ouvir o incontornável Professor Crato.
Como pensador coerente e seguro da certeza das suas convicções e vastíssimos saberes, voltou à sua recorrente defesa de mais exames para melhorar o estado da educação. A ver se nos entendemos.
Nas várias provas a que os nossos alunos são sujeitos sabemos dos resultados que evidenciam. São preocupantemente fracos. Os estudos internacionais comparativos como o PISA (Project for International Student Assessment) mostram dados devastadores. Mais exames apenas reforçarão este conhecimento. Sabemos também que os recursos injectados nos últimos anos no Sistema Educativo não se têm reflectido em níveis de sucesso significativos pelo que, nesta matéria, a questão será, eventualmente, de melhores recursos e não tanto de mais recursos. Sabemos ainda que os estudos internacionais sobre a promoção de qualidade na educação sublinham dois eixos estruturantes dessa melhoria, os processos de trabalho e o seu adequado ajustamento às variáveis de natureza contextual que, por condição, diferem.
Nesta perspectiva, a melhoria do nível dos nossos alunos terá que passar por ajustamentos nas formas de trabalho (metodologias e didácticas por exemplo), pela adequação dos conteúdos curriculares, pela criteriosa escolha de manuais e materiais de apoio, pela definição de uma cultura de rigor e exigência, pela qualidade na gestão das escolas, etc. e não por mais exames por mais sofisticados e rigorosos que possam ser.
Talvez o Professor Crato esteja convencido de que alguém doente e febril, ficará melhor e com menos febre só por colocar o termómetro de 10 em 10 minutos. Não, não é por medir muitas vezes a febre que ela baixa.
Como pensador coerente e seguro da certeza das suas convicções e vastíssimos saberes, voltou à sua recorrente defesa de mais exames para melhorar o estado da educação. A ver se nos entendemos.
Nas várias provas a que os nossos alunos são sujeitos sabemos dos resultados que evidenciam. São preocupantemente fracos. Os estudos internacionais comparativos como o PISA (Project for International Student Assessment) mostram dados devastadores. Mais exames apenas reforçarão este conhecimento. Sabemos também que os recursos injectados nos últimos anos no Sistema Educativo não se têm reflectido em níveis de sucesso significativos pelo que, nesta matéria, a questão será, eventualmente, de melhores recursos e não tanto de mais recursos. Sabemos ainda que os estudos internacionais sobre a promoção de qualidade na educação sublinham dois eixos estruturantes dessa melhoria, os processos de trabalho e o seu adequado ajustamento às variáveis de natureza contextual que, por condição, diferem.
Nesta perspectiva, a melhoria do nível dos nossos alunos terá que passar por ajustamentos nas formas de trabalho (metodologias e didácticas por exemplo), pela adequação dos conteúdos curriculares, pela criteriosa escolha de manuais e materiais de apoio, pela definição de uma cultura de rigor e exigência, pela qualidade na gestão das escolas, etc. e não por mais exames por mais sofisticados e rigorosos que possam ser.
Talvez o Professor Crato esteja convencido de que alguém doente e febril, ficará melhor e com menos febre só por colocar o termómetro de 10 em 10 minutos. Não, não é por medir muitas vezes a febre que ela baixa.
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