O Público de 26 de Fevereiro apresentava uma peça da Bárbara Wong, “Quando as crianças se tornam pequenos ditadores”, onde se referiam situações de crianças e adolescentes “manipuladores e caprichosos que tratam mal os pais” que “podem bater nos pais”, que “põem e dispõem na estrutura familiar”, que “insultam os pais”, etc.
No Rádio Clube Português o Minuto a Minuto de hoje teve como tema a violência nas escolas. Foram referidos números, casos e realidades que pretenderam ilustrar esta espécie de inferno (no qual me recuso a acreditar) onde todos os dias se acomodam mais de um milhão de crianças e adolescentes dentro da escolaridade obrigatória. Também apareceram contributos de pais que, tal como referido no Público, evidenciaram o outro inferno, a vida familiar.
Mas que raio de mundo é este?! Dedicámos o século XX à criança e será que demos cabo dela para o século XXI? Será que idealizámos uma criança que afinal não existe? Acreditámos, como Durkheim, que a “educação é uma socialização da jovem geração pela geração adulta” e será este o resultado da nossa acção educativa? Não me revejo em discursos ou visões catastrofistas mas há que estar atento aos sinais que a realidade mostra e reflectir sobre o que é a violência, como se (re)produz, onde existe, etc.
Creio que a questão deve ser enunciada neste quadro pois, ao abrigo de algo chamado desenvolvimento, também produzimos e reproduzimos modelos e contextos agressivos em termos físicos, culturais, económicos, políticos, éticos e morais, etc. a que deve adicionar-se um velho paradigma da psicologia que estabelece “o comportamento gera comportamento”. Por tudo isto reafirmo que a educação não é um problema exclusivo de pais e professores (escola) mas o desafio mais sério que as nossas sociedades enfrentam.
Havia um tempo em que se podia dizer ainda “temos que parar para pensar” mas o problema hoje é que não podemos parar de pensar sem parar, e pensar a sério, sem demagogia ou retórica. A urgência não nos dá o tempo mas exige o esforço.
No Rádio Clube Português o Minuto a Minuto de hoje teve como tema a violência nas escolas. Foram referidos números, casos e realidades que pretenderam ilustrar esta espécie de inferno (no qual me recuso a acreditar) onde todos os dias se acomodam mais de um milhão de crianças e adolescentes dentro da escolaridade obrigatória. Também apareceram contributos de pais que, tal como referido no Público, evidenciaram o outro inferno, a vida familiar.
Mas que raio de mundo é este?! Dedicámos o século XX à criança e será que demos cabo dela para o século XXI? Será que idealizámos uma criança que afinal não existe? Acreditámos, como Durkheim, que a “educação é uma socialização da jovem geração pela geração adulta” e será este o resultado da nossa acção educativa? Não me revejo em discursos ou visões catastrofistas mas há que estar atento aos sinais que a realidade mostra e reflectir sobre o que é a violência, como se (re)produz, onde existe, etc.
Creio que a questão deve ser enunciada neste quadro pois, ao abrigo de algo chamado desenvolvimento, também produzimos e reproduzimos modelos e contextos agressivos em termos físicos, culturais, económicos, políticos, éticos e morais, etc. a que deve adicionar-se um velho paradigma da psicologia que estabelece “o comportamento gera comportamento”. Por tudo isto reafirmo que a educação não é um problema exclusivo de pais e professores (escola) mas o desafio mais sério que as nossas sociedades enfrentam.
Havia um tempo em que se podia dizer ainda “temos que parar para pensar” mas o problema hoje é que não podemos parar de pensar sem parar, e pensar a sério, sem demagogia ou retórica. A urgência não nos dá o tempo mas exige o esforço.