Como o tempo não é muito e a imprensa diária será por natureza efémera e fortemente ligada à agenda, não sou, em regra, muito atento a questões de forma (gráfica). É o conteúdo e o seu tratamento jornalístico que me atraem. Registo também a pluralidade de opinião publicada e o contributo de pessoas (algumas) cuja seriedade de análise e conhecimento me merecem o maior respeito (mesmo na discordância).
Apesar dessa menor sensibilidade a questões de forma, não podia deixar de esperar e reparar nas mudanças introduzidas a partir de 29 e que foram para além da questão gráfica. Gosto deste modelo e continuarei a ser um comprador diário, (apesar de todas as vantajens da net ainda "preciso" de sentir o papel de jornal, tal como o do livro, nas mãos).
Devo, no entanto, dizer que o Director do Público, Dr. José Manuel Fernandes, se tem esforçado para me empurrar para fora da comunidade de leitores do jornal. Este senhor esmaga completamente a minha auto-estima pois não há assunto que o Sr. Director não comente, analise, conclua e prescreva soluções e ou decisões . É, de facto, um dos nossos maiores tudólogos (os que sabem de tudo, grupo a que já me referi neste blogue). Não é grave, antes pelo contrário, que cada um de nós "ache" o que quer que seja sobre não importa o quê. É bom ter opinião. Agora a alguém, que por estatuto ou função é um "fazedor de opinião", exige-se conhecimento, estudo e não "ACHISMOS". Não discuto as posições "neocons" do Sr. Director, (concordando ou não) mas abordar a maior parte das temáticas apenas a partir de posicionamentos ideológicos, esquecendo (ignorando) o que de investigação feita já se sabe sobre essa temática não é bonito, no mínimo. Mas enfim ... ACHO que vou continuar a ler o Público.
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