Quase sempre assinalo aqui o surgimento das primeiras flores nas estevas do monte. Este ano chegaram num período em que, felizmente, a água tem sido farta e parece continuar nos próximos dias. A terra está prenhe de água não dá para fabricar. Ontem foi difícil criar mais um canteiro de coentros de tão encharcada que está, mas os coentros novos fazem falta, são imprescindíveis na nossa mesa. Ainda há pouco almoçámos uma açordinha de coentros. É interessante como algo tão simples pode ser tão saboroso. Merece, pelo menos, uma estrela Alentejo, aquilo do Michelin não parece comida de gente.
Voltando ao que hoje aqui me trouxe, as estevas, a filigrana da forma, as cores e a delicadeza ao mesmo tempo forte das suas flores tornam o monte mais bonito, ainda mais bonito. E alimentam as abelhas que também estão na foto.
Acresce que as estevas também
espalham um cheiro inconfundível, a campo. Hoje menos evidente, não há sol, o
tempo está muito húmido, a chuva voltará no fim da tarde
E são assim, também cabaneiros,
os dias do Alentejo.
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