Como não podia deixar de ser, são quase cinco décadas de trabalho nesta área, propus-me ler com a maior atenção a entrevista de Alexandre Homem Cristo, secretário de Estado Adjunto e da Educação, ao Expresso. Trata-se de um reconhecido especialista com obra realizada no complexo mundo da educação e com uma sólida reflexão nas diferentes matérias que integram este universo.
E, de facto, é muito estimulante
o conteúdo e destaco uma referência aos conteúdos programas, uma questão sempre
em aberto e em movimento.
Ficámos a saber que todas as
disciplinas terão o seu currículo revisto, ainda que, num rasgo de prudência,
acentue que “umas mais profundas que outras”.
E justifica solidamente a
necessidade pois o actual cenário, as ”aprendizagens essenciais”, já foram
homologadas há seis anos, uma eternidade. E como afirma de forma absolutamente genial
o Senhor Secretário de Estado especialista, “O currículo tem de ser
forçosamente dinâmico, não pode ser perpétuo”.
Do meu ponto de vista é brilhante
a análise, um currículo não pode ser perpétuo e como sabem todos os que se
movem neste universo é o que se tem passado nas últimas décadas, são os mesmos
currículos, precisam claramente de revisão.
Fiquei a pensar e só me ocorreu a
ideia de Tomás de Lampedusa em O Leopardo, na versão mais conhecida, “Tudo deve mudar para que
tudo fique na mesma”.
Ainda não consegui acabar de ler
e pensar no resto da entrevista.
Daí este meu cansaço.
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