domingo, 8 de setembro de 2019

"QUAL O MELHOR MÉTODO DE ENSINO?"


Nesta altura do ano, início das aulas, na imprensa são múltiplas as referências relativas à educação escolar.
No I encontra-se uma peça curiosa com um título ele próprio indiciador de como as questões do ensino são tantas vezes tratadas, “Escolas pelo mundo. Qual o melhor método de ensino?
Parece-me dispensável afirmar a inexistência de qualquer resposta de natureza prescritiva sobre “o melhor método de ensino" em comunidades escolares marcadas por uma enorme diversidade. No entanto, parece-me de referir que são conhecidos alguns princípios estruturantes da práticas, modelos de organização curricular ou organização e funcionamento escolar que operacionalizados diferenciadamente atendendo à diversidade podem ser mais "amigáveis" para o sucesso do trabalho de alunos e professores.
Sobre o texto do I algumas notas.
Na peça são identificadas algumas características ou dimensões de sistemas de ensino que estão bem cotados no âmbito do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos promovido pela OCDE, em que também se registam progressos dos alunos portugueses.
São referidos os casos de Singapura, Finlândia, Estónia, Japão e Taiwan, todos nos dez primeiros lugares da avaliação.
Como características distintivas são referidas dimensões como práticas pedagógicas, os exemplos referidos estão presentes nas escolas portuguesas, a organização dos tempos e currículos, uma subvalorização dos TPC, valorização da diversidade e autonomia dos alunos como promotora de desenvolvimento para todos, etc.
Será este o caminho para alimentar “o melhor método de ensino”?
Abordagens deste tipo nos dias que correm podem ser uma tentação, mas nunca serão uma solução para educar e ensinar. Digo eu que não quero imaginar os meus netos a aprender a "manusear armas e atirar granadas" numa escola ainda que excelente.

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