segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

O PRESIDENTE E O MINISTRO. Outro diálogo improvável

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Senhor Ministro, ao que me é dado perceber, verifica-se uma abaixamento dos níveis de financiamento das actividades de investigação.
Não Senhor Presidente, é justamente o contrário, nunca se disponibilizaram tantos fundos para a investigação, a oposição tem feito um aproveitamento despropositado de uma conjecturável ambiguidade.
Senhor Ministro, no que respeita ao volume de bolsas de doutoramento e de pós-doutoramento, parece verificar-se, de facto, um decréscimo significativo.
Peço desculpa Senhor Presidente, mas trata-se de um novo paradigma, aliás, já muito bem explicado pelo Senhor Ministro da Economia. A oposição insiste, teimosamente, seguindo um modelo soviético, que existirão menos bolsas, mas trata-se do aproveitamento despropositado de uma conjecturável ambiguidade.
Uma última dúvida Senhor Ministro, parece clara uma menor importância à investigação na área das ciências sociais. Aqui para nós, também me parece dinheiro mal gasto, mas é uma matéria que tem sido muito referida.
Mas não corresponde à verdade, Senhor Presidente,  é apenas e sublinho, um novo paradigma, também já afirmado pelo Senhor Primeiro-Ministro de forma muito clara, é fundamental aumentar a produtividade da ciência dentro das empresas. Acontece que muitos dos investigadores das ciências sociais estão fora das empresas, não podemos alimentar esses diletantes cientistas. Por outro lado, entender que existe por parte do Governo uma discriminação das ciências sociais é, como tenho insistentemente afirmado, um aproveitamento despropositado de uma conjecturável ambiguidade.
Muito obrigado Senhor Ministro, muito obrigado pelos seus esclarecimentos, foram de uma clareza notável. Deixe que lhe diga, está a fazer um excelente trabalho.

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