sexta-feira, 26 de junho de 2009

ÉS EXCELENTE MAS JÁ NÃO CABES

Retorno a algum discurso que já aqui tenho afirmado sobre a questão da avaliação de professores e dos equívocos gerados. Em primeiro lugar deve sublinhar-se a imprescindível existência de avaliação, ferramenta insubstituível na promoção da qualidade.
O modelo imposto em Portugal, decorrente de um pecado original no Estatuto da Carreira Docente, a divisão dos professores em titulares e outros, está ferido de uma insanável contradição agora exposta pelo estudo da Deloitte, querer defender e promover o mérito e, simultaneamente, definir quotas para a excelência. Mais uma vez vejamos, Se um qualquer profissional, à luz dos critérios, sejam quais forem, que avaliam a qualidade do seu desempenho, merecer uma avaliação de excelente, tem, necessariamente, de obter esse patamar, dizer-lhe que é excelente mas já não cabe na quota é atacar o mérito e incentivar a desmotivação. O problema, como é óbvio, deve-se ao facto do ME ter colado, erradamente, a avaliação à progressão na carreira. Já disse e repito, que a progressão na carreira se deve fazer por concursos com critérios transparentes, entre os quais, obviamente a avaliação de desempenho ou seja, quando vários professores concorrerem a patamares acima na carreira os que melhor desempenho tiverem, terão, naturalmente, mais probabilidades de progredirem. Parece simples. O resto é manha política e incompetência.
PS - Afinal, em mais uma "simplexificação" típica do desnorte e incompetência, as quotas podem ser transitórias. A justificação é algo de ininteligível e, claramente, colada à agenda política. A PEC - Política Educativa em Curso, ao seu melhor nível.

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