terça-feira, 12 de maio de 2009

CARTA ABERTA À PLATAFORMA SINDICAL DOS PROFESSORES

Excelentíssimos Senhores Professores, dado que o Senhor Primeiro-ministro, nosso querido e bem amado líder, se encontra muito ocupado com a sua genial governação, assumimos nós, equipa dirigente do ME, a resposta à V. carta.
Em primeiro lugar devemos sublinhar a total e absoluta injustiça das vossas apreciações. Como bem sabeis, sois formadores de jovens, é fundamental que se estabeleçam regras e limites com firmeza. Pois foi isso que fizemos, estabelecemos regras e quando nos chamam de inflexíveis, não é verdade. Vejam, que na avaliação introduzimos vários simplexes e nem assim estão satisfeitos, mais flexibilidade, não é possível. Falam da arrogância, mais uma injustiça, como professores diariamente gerem grupos de alunos, sabem, portanto, a necessidade de um bom nível de assertividade. É isso que somos, assertivos, temos convicções fortes, sabemos o que queremos para o país, não somos arrogantes, nós sempre ouvimos os professores mas não ouvimos ideias tão brilhantes como as nossas. Não nos podem acusar de insensibilidade e indiferença, o que somos é verdadeiramente competentes e não encontramos no vosso discurso matéria que nos leve a mudar, porque somos sensíveis e flexíveis como viram na avaliação.
Os Senhores Professores contestam a figura de Professores Titulares, desculparão mas não encontrámos melhor forma de dividir a classe e, como sabem, uma classe dividida é importante para quem quer tomar medidas com impacto em toda a classe. Contestam a existência de quotas para as classificações de Muito Bom e Excelente. Parece-nos uma medida de extrema sensibilidade, a maioria dos professores ficará, assim, com classificações mais próximas e reduz-se a conflitualidade entre professores que é má para o clima. Vejam só, passe a imodéstia, a genialidade e alcance desta medida, não tem nada ver com questões económicas ou políticas como, caluniosamente, alguns de vós insistem em considerar. Contestam a existência de um exame à entrada da profissão e não entendemos porquê. Os Senhores Professores certamente saberão que existem algumas fragilidades no ensino Superior, parece que até existem casos de licenciaturas duvidosas, com exames aos fins-de-semana e outras coisas do género. Trata-se de uma medida de defesa, da classe, deveriam entender isso. Já encomendámos aos chilenos um modelo de exame e temos grandes esperanças. Como somos flexíveis, ao contrário, do que afirmam, estamos desde já disponíveis para introduzir simplexes nesses exames.
Esperamos assim, de uma vez por todas, que sejam claras as nossas posições e que os Senhores Professores acabem por compreender que Nós somos um privilégio concedido ao país e a vós.
A Equipa do ME responsável pela PEC – Política Educativa em Curso

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