sábado, 9 de maio de 2009

O PORTUGAL DOS PEQUENINOS

Este pessoal não nos dá tréguas. Eu juro que tenho andado a tentar convencer-me que a rapaziada dos partidos, devagarinho, não se podia esperar assim de repente, e já que as eleições se aproximam, iriam começar a falar sobre as suas ideias, até são capazes de ter, nunca se sabe, sobre as questões que nos inquietam e de que forma esperam ou querem contribuir para o bem estar do País e dos cidadãos. Até o convergente Presidente da República fez um apelo relativo à qualidade e importância das campanhas políticas. Mas não, cada cavadela cada minhoca. A moça diz que quer é o Porto, o moço bate-lhe porque não pode querer o Porto, tem que querer Estrasburgo e Bruxelas. Discutem sobre a Maizena e se há centrão ou não há centrão e quem pede desculpa a Vital Moreira. A Dra. Ferreira Leite, cada vez que fala é preciso tradutor. O que eu não consigo ouvir é uma ideia sobre Portugal e a Europa a não ser que apoiam Durão Barroso, seja porque é português o que seria um óptimo critério para apoiar a minha pessoa, por exemplo, ou porque é do PSD outro excelente critério. Referência à competência e ao projecto, nada de nada.
Os tipos que representam a abstenção é que, apesar de não terem dito grande coisa, são capazes de ganhar as eleições.

1 comentário:

Unknown disse...

Aceito boamente o lema «O melhor governo é o que menos governa». (...) Mas, falando na prática como cidadão, desvinculando-me do que a si próprios se denominam antigoverno, não defendo agora a ausência de governo, limito-me a exigir, no imediato, um governo melhor... (Thoreau, 1949 - Civil Desobidience).