domingo, 12 de agosto de 2007

TORGA

12 de Agosto de 2007. Centenário do nascimento de Miguel Torga. Numa cultura como a nossa que, longe disso, não é insensível a efemérides, a data não passaria despercebida pelo que em Coimbra se realizaram cerimónias comemorativas. Estranhamente, ou nem por isso, parece que ninguém do Ministério da Cultura achou por bem estar presente. Miguel Torga não merece seguramente a deslocação. Creio que o próprio Torga entendeu serenamente esta atitude. Ele diz porquê.

“Uma simples palavra. Ou não a mereço ou os que ma deviam nunca a souberam dizer.”
“Só os bichos e os mortos são verdadeiros.”
“O mais dramático na vida de um poeta é que ninguém o aceita como ele é. Todos o querem como eles são.”
“Eu não sou homem para me apoiar senão em mim.”
“Continua o tráfico de consciências na feira política nacional. Compram-se e vendem-se convicções por todos os preços.”
“Que pestilência de tempo, e que desgraça ser contemporâneo de certas épocas e homens!”

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