sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

DA SÉRIE A ARROGÂNCIA DA IGNORÂNCIA

O famoso tudólogo José Manuel Fernandes que tem a educação como uma das suas mais vastas e reconhecidas áreas de saber, instalado no seu "speaker's corner" do Obervador vociferou ferozmente contra as alterações no sistema de avaliação do ensino básico. Não compreende porque não quer a natureza das alterações que, aliás, aumentam o número de momentos e conteúdos no âmbito da avaliação externa apesar de conterem alguns aspectos que merecem reserva e prudência.
Primeiro, a insistência na retórica do "facilitismo", JMF nunca será capaz de compreender que entender que a existência de exames, só por si, promove a qualidade é que é uma atitude facilitista e barata. Depois, a notável descoberta de que com estas alterações se presta um serviço ao grupo de bandidos, delinquentes, energúmenos e calaceiros que são os professores, os do ensino público sobretudo, porque os do ensino privado devem comportar-se como empregados servis e obedientes . Não podem andar por aí armados em contestatários. Aliás se assim for ... há muitos professores desempregados e os mais novos são mais baratos, portanto, não levantem ondas.
Reage mal, tal como Guilherme Valente, às mudanças que alteram o legado do seu ídolo Nuno Crato que nesta matéria constitui, comprovadamente, uma receita errada. É claro que a argumentação e a evidência que o demonstram são desvalorizadas, consideradas erradas por este pessoal que só entende como bons os relatórios e estudos que lhes suportam as teses.
No fundo, a arrogância da ignorância, alguma desonestidade intelectual e, fundamentalmente, uma agenda política que José Manuel Fernandes sempre foi vendendo e agora mais claramente no "speaker's corner" do Observador.

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