quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

DAS PRESIDENCIAIS

Já por aqui escrevi em diferentes ocasiões que estas eleições presidenciais são verdadeiramente atípicas por razões que não vou repetir.
No mesmo sentido, a pré-campanha em curso e sobretudo os debates e a participação dos candidatos com maior probabilidade de receber votações mais expressivas, Marcelo Rebelo de Sousa, Sampaio da Nóvoa e Maria de Belém acentuam essa atipicidade.
Na verdade de uma forma simples, temos uma campanha que envolve um Cata-vento, um GPS (ou uma Bússola em versão mais clássica) e uma Sombra.
Assistir às intervenções de Marcelo Rebelo de Sousa, conhecendo o seu passado político, anos a debitar afirmações e ouvi-lo agora mostra um extrodinário exercício de cataventismo que não não sendo inédito na política portuguesa não deixa de ser elucidativo.
É ainda espantoso atentar na sua participação nos debates frente a frente. Qualquer que seja o seu adversário é notável o grau de aparente concordância e assentimento com quase tudo o que ouve. É um táctica a que se dedica desde o início, pescar em todas as águas, mas não é isso que se espera de um Candidato. Espera-se uma visão, uma ideia, um rumo para Portugal e para os portugueses dentro, evidentemente, das funções presidenciais.
Em Sampaio da Nóvoa encontramos o GPS, desde o lançamento da sua candidatura com a apresentação da Carta de Princípios que estabeleceu com clareza ao que vinha e donde vinha, da cidadania, qual a visão e o rumo que defende para a promoção do desenvolvimento e do bem-estar de Portugal e dos portugueses sem perder de vista as competências presidenciais.
Não enjeitou, antes pelo contrário, posicionamentos ideológicos claros e tem vindo a mostrar pensamento e ideias para as grandes áreas da vida da nossa comunidade a que chama de causas. É, justamente isso que se espera de alguém que pretende ser Presidente da República
Finalmente temos a Sombra corporizada por Maria de Belém. Trata-se obviamente de uma candidatura fabricada no quadro da luta interna do PS, vazia e inócua destinada, sobretudo,  a atrapalhar a candidatura de Sampaio da Nóvoa e posição de António Costa. E, de facto, vai pairando como uma sombra sobre esta campanha não mostrando substância nem rumo. A verdade é que, como o povo diz, só podemos dar o que temos e um sorriso permanente é curto.
Neste contexto, a escolha parece-me relativamente clara, entre um Cata-vento, um GPS e uma Sombra, voto no GPS embora como mais velho e menos evoluído tecnologicamente goste da ideia da Bússola.
É isso, voto Sampio da Nóvoa.

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