terça-feira, 23 de julho de 2013

CADA CAVADELA, CADA MINHOCA

A linguagem popular tem um conjunto de expressões que muitas vezes nos ajudam a retratar o quotidiano. No fundo também é esse o seu papel.
A propósito desta enorme trapalhada dos "swaps" lembro-me do enunciado "cada cavadela, cada minhoca".
Na verdade, cada vez que se ouve algo ou alguém sobre esta matéria acrescenta-se um nó à confusão, seja por questões relativas aos impactos financeiros desastrosos para as contas públicas das operações envolvidas, seja pela envolvimento e responsabilidades de quem esteve ligado ao processo.
A existência ou não de passagem de informação sobre os "swaps" na transição de governos, o envolvimento da actual Ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, no estabelecimento de contratos desta natureza enquanto administradora da Refer e o desconhecimento que alega como elemento do Governo são apenas exemplos de como tudo isto é uma história mal contada, pouco edificante, e da qual, como de costume, não haverá responsáveis.
Decididamente, este universo, a gestão e administração de empresas públicas é um lugar mal frequentado, é um caso de polícia.
Trata-se de um mundo tóxico cheio de produtos tóxicos.
E não acontece nada. Nada de novo, portanto

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