terça-feira, 2 de julho de 2013

OS PEANUTS DA JUSTIÇA

O Dr. Vale e Azevedo foi condenado a mais dez anos de prisão por se ter apropriado de uns trocos, cerca de 4 milhões de euros, movimentados na transferência de jogadores do Benfica.
Coitado do Dr. Vale e Azevedo, coitado do Dr. Isaltino, tiveram o azar de serem escolhidos para servirem de exemplo de que a justiça portuguesa funciona.
Entre tanta gente que por obras valorosas e emprendimentos grandiosos se poderiam constituir como concorrentes de peso, logo a justiça haveria de se fixar nos negócios dos Drs. Vale e Azevedo e Isaltino Morais.
Não está certo, o Dr. Vale e Azevedo que até teve de emigrar, mais um português que não coube na sua terra, vítima das circunstâncias da vida e o Dr. Isaltino, uma figura emblemática e inspiradora do poder autárquico, um homem que ajudou tantos amigos, acabam agora a cumprir pena de prisão.
No meio do azar, coitados, até tiveram sorte, felizmente terão amealhado algum pé-de-meia que lhes permita a sobrevivência e a reinserção social após  o cumprimento da pena.
Finalmente, também a proposito de justiça, duas notas laterais. Uma primeira para registar o arquivamento por parte do Ministério Público do  processo movido ao palpitólogo Miguel Sousa Tavares pela Presidência da República por ter utilizado o termo palhaço para se referir a Cavaco Silva uma enormidade inaceitável e de uma violência e agressividade verbal raramente vistas, ouvidas, entre nós.
Uma segunda referência à existência de cerca de 10 000 trabalhadores do sector da construção que estão há vários anos para receber salários ou indemnizações no âmbito de processos judiciais, alguns dos quais duram há 13 anos. Sem comentários.
Como vêem a justiça funciona. O Dr. Azevedo o Dr. Isaltino tiveram a infelicidade dos mártires.

1 comentário:

não sei quem sou... disse...

Para mim são mais "LUPINS DA JUSTIÇA"

O marisco não convém muito levar á barra do tribunal, muito menos condenar não vá formar-se BOLA DE NEVE por ladeira abaixo e arrastar alguma personagem de muito peso que incomode os pescadores.


VIVA!