sábado, 24 de outubro de 2009

PARA QUANDO AS BOAS NOVAS?

Uma das expressões mais bonitas, das muitas que a língua portuguesa possui é “boas novas”. De facto, acho, não me perguntem porquê, bonito a ideia de designar por novas as notícias que chegam e, mais interessante ainda, quando se trata de notícias positivas, as boas novas.
Lamentavelmente, nos últimos tempos, as novas não são boas e algumas das novas até parecem bem velhas.
Os trágicos números do desemprego continuam a subir apesar de algumas novas sobre indicadores de atenuação da situação de crise. Esta situação evidencia a vulnerabilidade das pessoas e necessidade de políticas sociais eficazes e urgentes.
Parece também cada vez mais claro que os modelos de desenvolvimento económico e o sistema de valores na economia e no mundo do trabalho carecem de reforma, retomo a referência à interessante intervenção de Fernando Nobre no Congresso Nacional de Economistas.
No entanto, os discursos e as novas entre nós, não parecem indiciar a reflexão sobre os novos e necessários caminhos, assentam sobretudo em enunciar paliativos de conjuntura e em medidas sociais necessárias, mas avulsas e com pouco impacto estrutural.
Para quando as boas novas?

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