sábado, 12 de setembro de 2009

SE FORES DIFERENTE JÁ NÃO ÉS TU

No primeiro dia de aulas deste ano, ainda dedicado mais a conversas sobre férias e sobre a organização do trabalho que está a iniciar-se, os livros novos, os materiais, etc. a Maria ia a passar num corredor da escola e quase que esbarrava com o Professor Velho, aquele que está na biblioteca e fala com os livros.
Olá Velho, já estás na biblioteca, a gente ainda não começou a ir lá.
Eu sei, mas tenho que arrumar uns livros novos e uns CDs que chegaram para quando vocês forem à biblioteca já possam trabalhar com eles. E tu, estás bem?
Estou, mas agora na aula fiquei com a impressão de que a Setora Joana não gosta de mim.
Porque é que dizes isso?
Disse-me que eu tenho de ser diferente.
Então e porque é que tu achas que isso significa que não gosta de ti?
Velho, se tu fosses diferente já não eras como és, não é?
Bem, de certa forma tens razão, se eu fosse diferente, não poderia ser como sou.
Vês, eu gosto de ti porque tu és assim. Se fosses diferente eu não sei se gostaria de ti. Por isso não quero que sejas diferente do que és. A Setora Joana quer que eu seja diferente, é porque não gosta de mim.
Não Maria, é que …
Olha Velho está a tocar, tenho que ir para a aula. Até logo.

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