segunda-feira, 28 de setembro de 2009

VOLTEMOS ENTÃO ÀS PESSOAS

Depois da ressaca geral, lembremo-nos que, como de costume, todos os partidos ganharam, e não esquecendo que hoje se inicia mais um tempo de campanha, creio que vai sendo tempo de voltar às pessoas e aos seus problemas que a aritmética política e as suas combinações, só por si, não resolvem.
Cerca de seiscentos mil desempregados e muitos outros em risco, os seus problemas e o das suas famílias, constituem o maior desafio imediato.
Milhares de pessoas sem médico de família e listas de espera enormes para muitos actos médicos, designadamente, consultas de especialidade e cirurgia chamam por iniciativas eficazes e urgentes.
Um sistema educativo crispado, com os professores divididos por um estatuto de carreira com aspectos incompreensíveis, inibe desejáveis e imprescindíveis melhorias.
Uma desigualdade social que nos envergonha, com milhares de idosos com pensões miseráveis e muitos milhares de portugueses em situação de pobreza gritam por políticas sérias e eficazes que regulem os excessos e abusos e protejam os mais vulneráveis e excluídos.
Um sistema de justiça moroso, ineficaz e sem equidade é insustentável pelas consequências imediatas e mediatas ao nível da confiança dos cidadãos.
Um desinteresse crescente dos cidadãos pela participação cívica, quase que exclusivamente entregue aos aparelhos partidários exige mudanças no quadro normativo que regula este universo.
Este um dos enunciados possíveis sobre o que me parece ser a essência da actividade política, a promoção do bem-estar das comunidades.

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