segunda-feira, 27 de junho de 2011

UMA HISTÓRIA SEM PÉS NEM CABEÇA. Outro diálogo improvável

Uma vez a professora pediu aos miúdos que inventassem uma história.
Quando no dia seguinte devolveu o trabalho aos miúdos deixou para o fim a história do Tiago e disse-lhe.
Tiago, tive alguma dificuldade em perceber a história que escreveste. Não tem pés nem cabeça.
Professora, o que é a cabeça da história e o que são os pés da história.
Bom, todas as histórias tem um começo e, naturalmente, um fim, ou seja, aquilo que se conta na história começa e depois termina de uma forma que quem escreve escolhe como é.
Mas professora, a minha história, também começou e também acabou.
Sim, mas não se percebe bem.
Então é a Professora que não percebeu como a minha história aconteceu. As histórias quando são inventadas podem ser de todas as maneiras.
É verdade, mas é bom que as outras pessoas percebam as histórias que inventamos.
Eu contei a história à minha irmã e ela fartou-se de rir, ela gostou da história. O meu avô contava histórias assim e a gente gostava.
Mas estamos na escola Tiago.
Já percebi, na escola só se podem inventar histórias com pés e cabeça mas ainda não sei o que é a cabeça da história e o que são os pés da história.
Tiago, não sei mais o que te dizer. Bom, vamos então trabalhar na ficha de hoje, abram os vossos manuais.

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