segunda-feira, 18 de abril de 2011

OS PARALELOS DO RITMO

Uma visita rápida à imprensa de hoje permite ficar a saber que o "FMI ataca reformas e subsídios", CM, que "Portas aceitou pagar 30 milhões a mais pelos submarinos", JN, ou que o TGV sem um metro de linha construído e com o projecto suspenso já custou 300 milhões de euros", no I.
Somos também informados no DN que Zeinal Bava é o mais bem pago dos gestores com 1,4 milhões ganhos em 2010 e no I que se verifica o abaixamento de 3,5 % do número de desempregados inscritos nos centros de emprego face a Março de 2010, mantendo-se ainda em cerca de 550 000.
O Público informa ainda que os hospitais devem cerca de mil milhões de euros às farmácias.
Mais informação deste tipo poderíamos encontrar.
Curiosamente, as notícias sobre a classe que dirige ou pretende dirigir os destinos do país em que tudo isto se passa, estão centradas na dança das cadeiras, chamam-lhe listas para as legislativas, também conhecidas por "arranja-me um luarzinho que eu voto no que for necessário sem arranjar ondas". Deste universo destaca-se o degradante e deprimente espectáculo da candidatura de Fernando Nobre pelo PSD. Considero que este episódio deveria ser proibido a menores de 18 anos pelos efeitos negativos que pode ter na sua formação cívica.
Quando se atenta neste cenário ocorre-me uma expressão da minha juventude quando nos referíamos a um imaginário conjunto musical chamado "Paralelos do ritmo" tão mau, tão mau que os seus elementos por mais que tocassem nunca se encontrariam.
De facto, boa parte dos discursos políticos quando comparados com a realidade, parecem os "Paralelos do ritmo", por mais que toquem nunca se encontram.
Sofre o país, isto é, a vida das pessoas.

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