sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

POLÍTICA MÍNIMA NACIONAL

Vim a ouvir a caminho do meu Alentejo o debate quinzenal do Parlamento. Comecei a ficar embaraçado e ambivalente, continuar a ouvir ou mudar para a música.
Basicamente o que ouvi foi o acessório, o irrelevante, o despudor, o ataque sem ideias entre a oposição e o Governo. Devo dizer que, do que ouvi, apenas o deputado Jerónimo Sousa do PCP, em parte da intervenção, apresentou propostas políticas e fez críticas, no fundo o que se espera de um debate político no Parlamento.
Incomoda-me sempre pensar que as lideranças políticas, no governo ou na oposição, não percebam como o seu comportamento é um péssimo serviço prestado à democracia ao país e a si próprios pois contribuem para acentuar a já degradada imagem que possuem junto da opinião pública. O que me preocupa ainda é não ver indicadores de que o cenário possa mudar.
No meio do ruído consegui perceber que tinha sido anunciada a subida do valor do salário mínimo para 475 €. O Eng. Van Zeller da CIP e o sonolento Dr. Vítor Constâncio do Banco de Portugal vão ficar incomodadíssimos com esta irresponsável decisão de colocar umas centenas de milhares de portugueses a viver com tanto dinheiro, quando lhes bastavam perfeitamente os actuais 450 que até permitiriam algumas poupanças se fossem gente de juízo e poupadinha.
Pareceu-me um excelente exemplo da política mínima nacional.

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