terça-feira, 17 de junho de 2008

A FALTA DE MILAGRES E A GESTÃO

De início estranhei, mas a notícia do DN era mesmo, “Bispos portugueses estudam gestão e liderança”. Reunidos em Fátima, os bispos portugueses estão a fazer um curso sobre aquelas temáticas. De acordo com D. António Marto, vice-presidente (ver vice-CEO) da Conferência Episcopal Portuguesa (ver Conselho de Administração da holding das dioceses), pretende-se que, na administração das dioceses, seja possível “conjugar qualidade, eficiência e rentabilidade económica no contexto da organização eclesiástica” e ainda aprender como “promover, numa situação eclesial, os valores da dedicação, do profissionalismo e da criatividade que distinguem uma empresa". É verdade.
Esta iniciativa vem contrariar o discurso de muitos, que entendem que um dos problemas da igreja actual, é a sua atitude resistente à mudança e à inovação. Pois agora que dirão ao ver os senhores bispos a estudar gestão, criatividade, rentabilidade económica, etc? Provavelmente, no combate à crise de vocação e religiosidade, que ainda há poucos dias foi objecto de um trabalho na imprensa, ainda iremos assistir agressivas estratégias de marketing. No fundo, como também disse D. António Marto "a Igreja é produtora de bens e serviços”. E como os milagres também andam em crise, é melhor aprender a fazer contas.

1 comentário:

Anónimo disse...

A igreja tem um instinto de vida e uma vocação de cumplicidade e sobrevivência que são as suas melhores virtudes.
Demora tempo a reagir mas apanha sempre a última carruagem.
De vez em quando faz penitência para apaziguar a sua memória.
Tem sido assim através dos tempos.


Saudações