quarta-feira, 18 de junho de 2008

AFINAL OS ALUNOS TRABALHAM

O Relatório Health Behaviour in School-Aged Children da OMS (link em baixo), foi agora divulgado na sua dimensão global e comparativa, pois há algum tempo que se conheciam os dados referentes a Portugal. Sobre o estudo, bastante extenso e fora do âmbito deste espaço, apenas uma pequena nota que julgo de salientar. Entre as raparigas de 15 anos, 70% sente-se bastante pressionada pelos trabalhos da escola, sendo que nos rapazes o valor é de 60%, os valores mais altos encontrados entre os 41 países considerados. Importa ainda referir que, em Portugal, os alunos têm uma das maiores cargas horárias da União Europeia. São também ainda dramaticamente relevantes os dados relativos ao insucesso escolar. Tudo isto coloca em causa, do meu ponto de vista, o discurso muitas vezes divulgado, nem sempre de forma séria e informada, sustentando que a escola não exige, os alunos não trabalham, etc. Como sempre afirmo, a grande questão não tem a ver com a carga de trabalho, mas com a qualidade do trabalho desenvolvido nas escolas. E esta matéria é mais da responsabilidade de professores, da qualidade de organização e funcionamento do sistema e, portanto, dos seus gestores, técnicos e políticos, que dos alunos.

http://www.euro.who.int/document/E91416.pdf

1 comentário:

Anónimo disse...

Creio que a responsabilidade é de todos e só todos juntos é que poderemos resolver o problema.

O Político

Os miúdos desde cedo devem estar habituados à pressão para poderem mais tarde ser competivos nas empresas. Os alunos devem bem conviver bem com as noções de produtividade, valor acrescentado e balancetes trimestrais.

O Gestor

Abraço
A.C.