sexta-feira, 11 de outubro de 2024

DOIS MÁGICOS

 Por aqui está um tempo cabaneiro, chuva e vento, que convida a estar em casa. Aproveito para preparar as folhinhas dos orégãos que colhi e deixei a secar. Mais logo será a vez dos poejos. O gosto que põem é indispensável em muito do que se come cá em casa.

A chuva já fazia falta, precisamos de começar a fabricar terra e a azeitona ainda vai beneficiar desta chuva embora o vento também leva a que alguma caia e se perca. É o campo, como se costuma dizer.

Enquanto lidava com os orégãos pensava na despedida de “Rafa” Nadal que, por coincidência, quase coincide com o anúncio do final de carreira de Andrés Iniesta, por acaso dois espanhóis e dois mágicos no desporto a que se dedicaram, o ténis e o futebol.

Acontece que ténis e futebol foram desportos que pratiquei durante décadas, até que joelhos e coluna o permitiram e era impossível não acompanhar o desempenho de Nadal e Iniesta.

Com estilos pessoais diferentes e com a substancial diferença entre um desporto colectivo e um desporto individual, foram e serão duas figuras inspiradoras e que muito nos deram, pelo fazer e pelo ser.

E a verdade preocupante é que nos tempos que correm não existem muitas figuras inspiradoras no sentido em que seria necessário.

São muitas, demasiadas e perigosas as que nos inspiram receio, repulsa, desencanto e inquietação com o futuro.

Obrigado, Rafa e obrigado, Iniesta.

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