Por aqui está um tempo cabaneiro, chuva e vento, que convida a estar em casa. Aproveito para preparar as folhinhas dos orégãos que colhi e deixei a secar. Mais logo será a vez dos poejos. O gosto que põem é indispensável em muito do que se come cá em casa.
A chuva já fazia falta, precisamos de começar a fabricar
terra e a azeitona ainda vai beneficiar desta chuva embora o vento também leva
a que alguma caia e se perca. É o campo, como se costuma dizer.
Enquanto lidava com os orégãos pensava na despedida de “Rafa”
Nadal que, por coincidência, quase coincide com o anúncio do final de carreira
de Andrés Iniesta, por acaso dois espanhóis e dois mágicos no desporto a que se
dedicaram, o ténis e o futebol.
Acontece que ténis e futebol foram desportos que pratiquei
durante décadas, até que joelhos e coluna o permitiram e era impossível não acompanhar o desempenho de Nadal e Iniesta.
Com estilos pessoais diferentes e com a substancial
diferença entre um desporto colectivo e um desporto individual, foram e serão
duas figuras inspiradoras e que muito nos deram, pelo fazer e pelo ser.
E a verdade preocupante é que nos tempos que correm não
existem muitas figuras inspiradoras no sentido em que seria necessário.
São muitas, demasiadas e perigosas as que nos inspiram receio,
repulsa, desencanto e inquietação com o futuro.
Obrigado, Rafa e obrigado, Iniesta.
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