terça-feira, 26 de junho de 2018

FAMÍLIA E TRABALHO


Cerca de 85% dos casos apresentados à Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego referem-se a dificuldades no acesso flexibilização do horário laboral prevista na lei para quem filhos menores de 12 anos.
Como é evidente esta situação complica seriamente a conciliação de projectos de vida familiares que envolvam filhos e carreira profissional.
Por múltiplas razões é verdadeiramente urgente a definição de políticas de apoio à família com impactos a curto e médio prazo como, por exemplo, a acessibilidade aos equipamentos e serviços para a infância com o alargamento da resposta pública de creche e educação pré-escolar, cuja oferta está abaixo da meta estabelecida bem como combater a discriminação salarial e de condições de trabalho através de qualificação e fiscalização adequadas.
É fundamental tornar o quadro legislativo relativo à parentalidade mais amigo das famílias e mais regulada a aplicação do que existe.
Defendo há muito a pertinência de, em sede de Concertação Social, avançar com propostas de alteração legislativa, sobretudo, na organização horária do trabalho que poderia, essa sim, ter impacto na disponibilidade dos pais.
Não me parece impossível que em muitas profissões os tempos de trabalho pudessem ter outra distribuição permitindo mais tempo com os filhos e menos tempo destes na escola o que seria um excelente contributo para a qualidade de vida das famílias.
É verdade que temos avançado mas existe muito para fazer no domínio das políticas de família e da parentalidade.

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