quinta-feira, 7 de julho de 2016

DOS NEGÓCIOS DA EDUCAÇÃO

No Relatório da Inspecção-Geral de Finanças de 2015 constata-se que o Ministério da Educação não regula a atribuição de financiamento para frequência de estabelecimentos de ensino privado ao abrigo dos chamados “contratos simples". Entre 2013 e 2014 foram atribuídos 451 milhões de euros sem controlo de justificação ou eficácia.
Nada de estranho, diga-se.
A essência cultural dos apoios estatais a estruturas privadas assenta nesta desregulação que, evidentemente, sai muito cara aos contribuintes mas, por outro lado, alimenta uma política amigável para os interesses privados. Toda a história das PPPs é elucidativa. E lamentável, acrescente-se.
Por estas e muitas outras razões é de uma enorme desfaçatez mascarar os negócios da educação com referências à liberdade de educação.
Parece-me tudo bastante mais claro se falarmos em liberdade de mercado mas prescindam do dinheiro público para o financiamento de negócios privados.

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