domingo, 14 de fevereiro de 2016

VIDAS DURAS

Há pouco mais de um ano, a GNR lançou um programa especial de apoio a pessoas com deficiência. Neste momento, tem uma lista de 426 que vivem sozinhas e/ou isoladas e, por isso, estão mais vulneráveis a negligência, maus tratos, furtos, burlas e outros crimes. Os militares visitam-nas, aconselham-nas a tomar algumas medidas de segurança, entregam-lhes um número para o qual podem ligar em caso de dúvida ou aflição.

A vida de muitas pessoas com deficiência e das suas famílias é uma constante e infindável prova de obstáculos, muitas vezes intransponíveis, em variadíssimas áreas como mobilidade, educação, emprego e segurança social em que a vulnerabilidade e o risco de exclusão são enormes. Assim sendo, exige-se a quem decide uma ponderação criteriosa de prioridades que proteja os cidadãos desses riscos, em particular os que se encontram em situações mais vulneráveis.
É justamente por isso que o Estado Social é um avanço civilizacional que não pode, não deve, ser ameaçado ainda que, evidentemente, racionalizado e melhorado.
Como sempre afirmo, os níveis de desenvolvimento das comunidades também se aferem pela forma como cuidam das minorias.

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