sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

A ESCRAVATURA SAIRIA AINDA MAIS BARATA

"Estudo diz que trabalhadores têm poder a mais e prejudicam lucro das empresas"

Aqui está um estudo verdadeiramente interessante e pertinente que certamente constituirá um dos melhores exemplos do que Pires de Lima e Nuno Crato entendem por investigação.
Um trabalho, com o título "Concorrência na economia portuguesa: estimativas para as margens de preço-custo em mercados de trabalho imperfeitos", realizado por dois economistas do Banco Central Europeu vem demonstrar que o poder negocial dos trabalhadores portugueses é demasiado elevado o que, naturalmente, prejudica os lucros das empresas. Aliás, o milhão e meio de desempregados demonstra cabalmente esta tese.
O Estudo destes dois génios da economia incentiva e fornece a imprescindível base científica, estão a ver para que ser ver a investigação aplicada nas empresas, para que aumente a desregulação dos salários, para que se desregule por completo a contratação de pessoas, para que o despedimento seja como o Natal, quando um homem quiser, para que a precariedade seja a regra e usada sem qualquer limite, para que as horas de trabalho sejam fixadas exclusivamente pelas empresas, etc.
De acordo com estas duas geniais figuras, João Amador e Ana Cristina Soares, este é o caminho que permitirá “introduzir mais concorrência entre trabalhadores, em benefício do valor acrescentado das empresas.”
Dito de outra maneira, colocando os trabalhadores a lutar entre si pelo acesso a uma migalha que lhes asseguraria a sobrevivência, baixarão os custos do trabalho e, consequentemente, subiria e muito, o lucro da empresa,
Eu, sem que seja um especialista nestas matérias, julgo que só algum pudor natalício dos génios João Amador e Ana Cristina Soares lhes terá inibido a apresentação da proposta fundamentada cientificamente do recurso à escravatura como forma de baixar os custos do trabalho.
Lá chegaremos.

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