quinta-feira, 12 de novembro de 2009

NÓS POR CÁ

De um olhar breve sobre a imprensa de hoje e com uma pontinha de demagogia que ajuda a sublinhar a mensagem, retirei algumas referências dispersas cuja leitura conjugada pode ser curiosa.
De acordo com o CM e o JN, os cinco maiores bancos portugueses e até Setembro aumentaram os lucros 4,25% o que se traduz em 1403.9 milhões de euros, qualquer coisa como 5.1 milhões por dia. Aqui introduzo uma notinha recordando o que tem custado ao cidadão português cuidar da banca, através da CGD que também, ainda assim, teve lucros.
No Público e no I, o Ministro da Economia afirma que aumentos salariais de 1.5% podem não ser sustentáveis. Este valor aplicado ao salário mínimo, 450 €, significaria o brutal aumento de 6.75 € ao mês.
Por outro lado, o DN refere que, segundo um estudo do Banco de Portugal, aumentou significativamente o número de famílias com mais do que um elemento desempregado, sendo agora de 21%, taxa que vista de uma forma mais fina permite verificar que passa para 40% nas famílias de menores recursos amplificando assim fortemente o risco de pobreza.
Curiosamente, o I apresenta um estudo sobre as intenções de consumo no próximo Natal concluindo que os consumidores portugueses inquiridos (de que não conhecemos o perfil) pensam gastar em média 390 € com presentes, jogos, livros e roupa e sapatos, os presentes mais referidos. Mais interessante é a previsão de gastar em média e no total da época natalícia cerca de 620 €. Como termo de comparação, os consumidores luxemburgueses prevêem gastar 1150 € e os holandeses, mais dados às poupanças, 400 €.
Tentei reflectir e interpretar a realidade de que estes dados são indicadores, mas sinto a maior das dificuldades. Alguém tem ideias?

2 comentários:

Anónimo disse...

Os portugueses não têm dinheiro mas continuam a ter vícios

Raúl Vicente disse...

Há sempre muito dinheiro em Portugal, não há é para todos. O fosso aumenta...