quinta-feira, 16 de abril de 2009

CRISE DE VOCAÇÕES

Ao que parece devido a uma crise de vocações e, na minha opinião, ao imobilismo conservador da Igreja a carreira de sacerdote já não atrai. A universalização do acesso à educação levou, sobretudo em meios menos privilegiados e rurais, a que a ida para o Seminário deixasse de funcionar como uma forma de formação acessível. Também com as mudanças sociais e culturais se alterou significativamente, por um lado, o estatuto social do padre e, por outro, o número de católicos praticantes. Naturalmente, este fenómeno é mais evidente em países mais desenvolvidos.
No entanto, tenho para mim, que esta dificuldade de encontrar padre e o afastamento das práticas religiosas também se deve ao conservadorismo da Igreja, por exemplo em aspectos como o acesso das mulheres ao sacerdócio ou o celibato dos padres, situação que dificilmente se entende nas sociedades actuais.
Tudo isto a propósito da notícia curiosa referida no DN sobre a importação de padres indianos da diocese de Palai para trabalharem na diocese de Lisboa, gente naturalmente próxima da cultura e da sociedade portuguesa. Já vínhamos à assistir à importação de seitas e igrejas alternativas, agora passámos à importação de padres católicos. Como qualquer emigrante, que sejam bem-vindos.

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