quinta-feira, 2 de abril de 2009

O DR. LEMOS NÃO TEM QUE SER COMPETENTE, PODIA, PELO MENOS, SER SÉRIO

Aí está de novo o Dr. Lemos. Sempre que alguém se refere em público aos apoios educativos a alunos com necessidades educativas especiais lá vem o Dr. Lemos com a história de que foi necessário alterar a legislação porque numa situação que ele conhece todas as crianças de etnia cigana estavam sinalizadas como necessidades educativas especiais, situação que, como sabemos, agora está alterada (a Comissária Moreira da DREN coloca-os a todos em contentores). O Dr. Lemos não tem que ser competente, existe muita gente que não é, nós compreendemos, mas tem que ser sério, é uma exigência a quem desempenha funções públicas. Pela enésima vez algumas notas
Sem precisar que o ME me pague o que pagou ao Dr. João Pedroso, posso indicar variadíssimas escolas e agrupamentos em que existem crianças sem o apoio adequado.
O trabalho de monitorização da aplicação do DL 3/2008 utiliza como referência para a existência de problemas 1.8% (até 2.2%). Conheço circunstâncias em que a linguagem utilizada foi “limpeza” na lista de apoios ou em que os nomes dos meninos foram pura e simplesmente riscados. Estes indicadores são, obviamente, incompatíveis com a realidade. Apenas no mundo virtual do Dr. Lemos estes números têm credibilidade.
O Dr. Lemos deveria saber que, mesmo quando existe alguma legislação ao abrigo da qual se apoiam crianças, não é a legislação que as apoia, é a existência de professores e técnicos competentes e em número suficiente que as pode ajudar. Tal situação não se verifica.
O Dr. Lemos deveria saber que não é sério entregar um estudo sobre o impacto da CIF aos seus autores e seguidores tal como anunciou há algum tempo. Não precisa de divulgar resultados já se antecipam.
Mas nada disto interessa o Dr. Lemos, as suas preocupações não são, evidentemente, os miúdos e as suas necessidades.

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