quinta-feira, 22 de março de 2007

DUAS FAMÍLIAS

A família, enquanto instituição, tem passado nos últimos anos por alterações em diferentes aspectos designadamente nos modelos de organização e prevalência desses modelos e, sobretudo, nas dinâmicas de funcionamento em consequência dos ajustamentos nos estilos de vida a que as sociedades modernas obrigam. Creio que ainda não é possível entender e gerir todo o alcance e implicações destas alterações, embora seja possível perceber a dificuldade que muitas famílias expressam no sentido de responder em circunstâncias diferentes, e em mudança, às exigências e funções que se acreditam continuar centradas na(s) família(s) independentemente dos seus modelos de organização.

Neste contexto, é frequente a referência ao número crescente de crianças e jovens que, por diferentes circunstâncias, se encontram “entre” famílias”, isto é, permanecem numa situação familiar com um dos progenitores e, em tempos variáveis, integram uma outra situação familiar com o outro progenitor. O volume de opiniões sobre estas situações é extenso, oscilando entre considerações de natureza moral e/ou ética e um entendimento científico sobre a forma como as famílias e sobretudo as crianças e jovens lidam com as circunstâncias. Por mim creio “apenas” que o(s) ambiente(s) familiar(es) deve ser suficientemente saudável para que a criança se organize também saudavelmente e faça o seu caminho.

Neste universo gostava de partilhar algo convosco. À solicitação de desenhar a sua família, esta criança de seis anos desenha as suas duas famílias. Sinais dos tempos dirão uns.


É BONITO A CRIANÇA TER UM SOL EM CADA FAMÍLIA, diria eu.

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