segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

MAS AS CRIANÇAS, SENHORES ...

  A Associação de Apoio à Vítima (APAV) divulgou recentemente dados relativos a violência doméstica dirigida a crianças e jovens durante 2024.

Durante este ano foram registados 3424 crimes, 66 por semana um aumento, (mais 7) relativamente a 2023.

As vítimas têm em média 10 anos e mais de metade são do sexo feminino. A agressão é realizada na maioria dos casos por homens, frequentemente o pai, embora também pela é maioritariamente do sexo masculino, muitas vezes o pai, mas também se registam episódios envolvendo a mãe, padrasto ou madrasta.

Também em 2024 se registou o aumento de crimes sexuais denunciados por familiares e amigos, bem como os pedidos de acompanhamento e de diligência processuais.

Também se verificou o aumento de situações de cibercrime em particular envolvendo crianças e jovens.

Esta realidade não pode deixar de criar um cenário de risco severo no que respeita ao desenvolvimento saudável e ao sucesso educativo destes miúdos e adolescentes e, portanto, à construção de projectos de vida bem-sucedidos.

Como é óbvio, em situações limite que envolvam carência alimentar, abuso, mendicidade, insucesso educativo e abandono escolar, estaremos certamente em presença de dimensões de vulnerabilidade que concorrerão para futuros preocupantes.

É por questões desta natureza que a definição de políticas e prioridades deve obrigatoriamente ser feita com critérios de natureza sectorial e não de uma forma cega e apressada, custe o que custar, naturalmente mais fácil, mas que, entre outras consequências, poderá manter milhares de crianças e adolescentes em situações de fragilidade e risco com implicações muito sérias.

Sem comentários: