A Associação de Apoio à Vítima (APAV) divulgou recentemente dados relativos a violência doméstica dirigida a crianças e jovens durante 2024.
Durante este ano foram registados
3424 crimes, 66 por semana um aumento, (mais 7) relativamente a 2023.
As vítimas têm em média 10 anos e
mais de metade são do sexo feminino. A agressão é realizada na maioria dos
casos por homens, frequentemente o pai, embora também pela é maioritariamente
do sexo masculino, muitas vezes o pai, mas também se registam episódios
envolvendo a mãe, padrasto ou madrasta.
Também em 2024 se registou o
aumento de crimes sexuais denunciados por familiares e amigos, bem como os
pedidos de acompanhamento e de diligência processuais.
Também se verificou o aumento de
situações de cibercrime em particular envolvendo crianças e jovens.
Esta realidade não pode deixar de
criar um cenário de risco severo no que respeita ao desenvolvimento saudável e
ao sucesso educativo destes miúdos e adolescentes e, portanto, à construção de
projectos de vida bem-sucedidos.
Como é óbvio, em situações limite
que envolvam carência alimentar, abuso, mendicidade, insucesso educativo e
abandono escolar, estaremos certamente em presença de dimensões de
vulnerabilidade que concorrerão para futuros preocupantes.
É por questões desta natureza que
a definição de políticas e prioridades deve obrigatoriamente ser feita com
critérios de natureza sectorial e não de uma forma cega e apressada, custe o
que custar, naturalmente mais fácil, mas que, entre outras consequências,
poderá manter milhares de crianças e adolescentes em situações de fragilidade e
risco com implicações muito sérias.
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