terça-feira, 15 de março de 2022

"LEVEM OS MIÚDOS PARA A RUA"

 Apesar de me parecer assentar numa generalização que não creio existir, merece leitura e reflexão o texto de Joana Petiz no DN, “Levem os miúdos para rua”.

Na verdade, muitas vezes aqui tenho abordado esta questão, são conhecidos múltiplos estudos que referem o mal-estar e alterações na saúde mental de crianças e adolescentes, mas também de adultos, no quadro da pandemia. Os confinamentos a que se associaram os períodos de isolamento, a falta de rede social dos pares ou as dificuldades de diversa ordem sentidas nos contextos familiares terão dado um contributo significativo. Os dados mais recentes acentuam a importância desta matéria.

Deste quadro resulta a necessidade e urgência de atenção a estas questões, não desvalorizando nem sobrevalorização e considerando o contexto escolar, bem como contexto familiar e comunitário.

O impacto da pandemia nas aprendizagens tem sido muito referido e está a ser objecto de um plano específico, Plano 21/23 Escola + que, esperamos, mobilize os recursos e as intervenções necessárias aos que se propõe embora sejam conhecidos sobressaltos e dificuldades. Seria importante que a esta recuperação no plano das aprendizagens estivesse associada a uma forte preocupação com outros aspectos muito importantes no bem-estar e desenvolvimento global de crianças e jovens com os apoios e recursos necessários.

Como já tenho escrito, crianças e jovens que passam mal, não aprendem, vivem pior e correm riscos sérios de comprometer o futuro pelo que os apoios e resposta não podem, não devem, falhar.

Sem comentários: