quarta-feira, 12 de setembro de 2018

ESTÁ AÍ O NOVO ANO LECTIVO


Por estes dias vão começar as aulas. O início do ano lectivo, para além de ser marcado pelos habituais sobressaltos e atrasos na colocação dos professores e funcionários, é influenciado pelo conflito sem fim à vista entre professores ME, por mudanças significativas decorrentes do alargamento dos projectos relativos ao que designam por “flexibilização curricular”, pela definição em cima da hora das “aprendizagens essenciais”, pelas mudanças também já muito perto do início dos trabalhos em matéria de educação inclusiva, entre outras.
Na verdade, apesar de alguns avanços, talvez ainda não seja desta que teremos a tão apregoada quanto necessária “normalidade”, equipamentos e espaços adequados e prontos, docentes colocados e com tempo para a preparação da actividade, funcionários suficientes, técnicos presentes desde o início do ano e em número e função adequados às necessidades de escolas e agrupamentos, materiais e manuais na posse das famílias, etc. Um dia vamos conseguir.
Em muitas escolas, alguns professores, apesar dos imperativos ético-deontológicos, dificilmente sentirão o “privilégio” da profissão “mais linda do mundo”, como um dia referiu Nuno Crato que bem se esforçou para que assim não fosse continuando, aliás, o trabalho de Maria de Lurdes Rodrigues.
Enfrentam situações com climas e condições pouco positivas que comprometem o seu trabalho de professores, o dos alunos, dos funcionários e dos pais e, no limite, o direito a uma educação pública de qualidade.
No entanto, podemos estar seguros, a esmagadora maioria dos professores vai entrar na sala de aula todos os dias, olhar para os alunos e reinventar-se como Professor.
Ainda bem para nós e para os nossos miúdos.

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