terça-feira, 8 de maio de 2018

INDEPENDÊNCIA, AUTODETERMINAÇÃO E AUTONOMIA, UMA QUESTÃO DE DIREITOS


No final da semana passada e no âmbito do Dia Europeu da Vida Independente que envolveu diferentes iniciativas incluindo uma vigília e uma marcha pela vida independente, PS, PSD, CDS e PEV ignoraram o convite para participarem num debate sobre esta matéria.
PCP e PAN não se fizeram representar, apenas o deputado Jorge Falcato do BE esteve presente pelo que o debate não se realizou.
Regista-se a disponibilidade das estruturas partidárias para a participação. A voz das minorias é uma voz mais baixa, não tem um peso eleitoral significativo.
A promoção e o apoio à autonomia, à autodeterminação e vida independente de pessoas com deficiência é uma matéria de direitos e não de privilégios.
O Modelo de apoio á vida Independente recentemente definido assente nos CAVI - Centros de Apoio à Vida Independente inscreve-se neste universo.
No entanto, algumas das dimensões deste modelo e dos recursos mobilizados para o colocar em prática colocam muitas inquietações aos seus destinatários, famílias e técnicos.
As iniciativas da semana passada decorriam justamente destas inquietações.
No fundo, é, simplesmente, uma questão de direitos individuais e sociais.
Esperemos que o caminho aberto por este Modelo de Apoio à Vida Independente não se se estreite nem se deturpe e se evolua no sentido certo, o respeito pela autonomia e direitos individuais e sociais das pessoas com deficiência, designadamente, o direito à independência e autodeterminação.
Esta ausência da generalidade dos partidos não é um bom sinal.

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