sábado, 3 de dezembro de 2011

NÃO VÁS AO MAR

É melhor escrever as notas que se seguem depois de uma história com “happy end” como foi a dos seis pescadores de Caxinas, terra martirizada por naufrágios, que depois de muitas horas perdidos no mar e quando mais uma tragédia parecia ganhar forma, foram resgatados em boas condições de saúde.
No entanto, creio que vale a pena ter em atenção a sucessão de episódios que regularmente vão ceifando vidas no mar. Não conheço este universo mas parece-me muito importante que se pudesse de forma séria tentar perceber a razão de tantos incidentes. De uma forma geral, merecem uns directos nos jornais televisivos, repetições exaustivas e, por vezes, despudoradas, da dor familiar e rapidamente passam ao esquecimento até ao próximo acontecimento.
Tratar-se-á de negligência, de falta de condições de segurança das embarcações ou dos portos, insuficiência dos dispositivos de auxílio ou de tudo isto e de mais alguma coisa que nos possa escapar?
Oiço falar dos equipamentos de segurança, ou da falta deles e da exigência dos pescadores de apoios para a sua aquisição, das tremendas dificuldades das famílias que levam ao risco em nome da sobrevivência.
Acredito que a situação possa ser complexa mas creio que seria importante procurar esclarecer e, se possível, evitar novos episódios trágicos.

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